segunda-feira, 30 de agosto de 2010

I miss you, more than words can say.


Ando tão necessitada de intensidade ultimamente, de refugio eu diria. Respiro mais forte, penso. Então, súbito, sorrio por uma lembrança que me vêm a cabeça, e permito que ela se enrole em mim como um cobertor. Ah, as lembranças.. As nossas lembranças. Tão pequenas, ou tão simples mas tão significantes a ponto de me arrancar um suspiro profundo só de imaginar. Coisas minhas, suas, abraços, beijos, saudades, vontades, desejos..
Sabe, eu não sei explicar ao certo, como essa ventania nos pegou tão desprevenidos. Eu tentei fechar as janelas, portas, e me esconder no mais profundo e escuro lugar que eu encontrei, porque não havia motivos querer arriscar outra vez, depois de tantos erros. Mas não, foi tão intenso, tudo tão vivo, que me tomou inteira, abriu todas as minhas janelas, portas, foi se instalando na minha vida e dentro do meu coração, como se tivesse vida própria, ia vivendo e se alimentando da tua presença, se procriando e se espalhando por todo o meu corpo, me tomando por completa.. E agora a ventania se triplicou, virou um furacão, mais um furacão bom, confortante, que me acalma mesmo sendo tão agitado, e me faz bem, sabia?
Pra te falar a verdade, de todos as paixões, amores e afins, no fundo eu nunca quis ter um porto seguro, quis ser eternamente livre, era como se qualquer coisa que me prendesse, eu quisesse pular fora, pra viver mesmo que só, dona das minhas vontades. Mas agora, eu tenho um porto seguro, tenho o meu melhor refugio, e me sinto incrivelmente bem assim. Era como se eu tivesse procurado até hoje, a parte que faltava pra complentar o quebra-cabeça, e eu a encontrei. Entre todas as outras, encontrei a parte mais importante e significante. A parte que me tirou dessa loucura de conformismo com a vida.
Tenho conciencia pra saber que essa foi a escolha correta a se fazer. Então me permito a essa felicidade, e no momento não quero nada além disso, nada além de você.. Sentada no banco do ônibus, te procuro através da janela, mesmo sabendo que não vou encontrar, olho em todas as direções, pros cantos mais inesperados, tentando te tirar da minha mente, e te projetar ali, no alcance ao meu ver. Eu queria tanto te abraçar, te sentir comigo, e conversar qualquer bobeira que nos fizesse rir. Queria te ouvir dizer que sente minha falta todo momento, igual eu sinto a sua. Queria te dizer tanta coisa, mas tanta coisa que talvez eu ficaria calada um tempo enorme, só te olhando, sem dizer nada, só olhando e pensando: você foi o meu acaso mais bonito, não se esqueça disso.

Por Mariana.

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