sábado, 28 de maio de 2011


Pensar nele não era tão ruim assim, na verdade confortava meus pensamentos, o que me matava era a imagem repentina de que não mais o teria, e quando o visse meu coração dispararia querendo sair e voltar pro lugar onde deveria estar, junto do dele. Eu gostaria que pudesse ser assim com ele, um pensamento até egoísta, mas de imensa inocência. Eu ainda esperava pra tê-lo pra mim, mas se não o tivesse nunca mais, poderia viver sonhando enquanto a imagem de sua ausência não voltava e me carregava, me forçando a voltar pra realidade. Não conseguirei esquecê-lo, vou apenas tentar aos poucos não me perder em seus doces olhos, sua voz reconfortante, seu sorriso deslumbrante, suas feições e linhas perfeitas.. Eu tentaria, se a dor que se apodera de mim com esse pensamento de não mais lembrar de suas características tão amáveis, não me consumisse tanto. Talvez me reste apenas abandonar essa esperança que tenho de tê-lo comigo novamente... Eu gostaria, eu tentaria e não o esperaria se ele não fizesse parte completamente de mim e se eu não soubesse que ele está lá fora, mesmo que não esperando por mim, eu agora continuaria presa em minha linha de raciocínio inconstante que me leva a acreditar que ele pode sentir minha falta e que eu não o perdi. Só me resta uma explicação, pra qual tenho várias teorias, sem acreditar em nenhuma... mas por Deus, por que amá-lo tanto assim?

O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim.


ACABOU, e nessa vez pra sempre....

Tentando esquecer de novo, mas esta sendo tão complicado, eu não consigo mais....

domingo, 22 de maio de 2011


Another year over and we’re still together, it’s not always easy but is forever!

Acredite, você ainda vai calar a boca de muita gente!

Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.


O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."

sábado, 21 de maio de 2011


É aquela vontade repentina de sumir. É o vazio singelo do fundo do seu peito pedindo alguém que você não pode ter. É quando você nunca é o suficiente. Por mais que eu não possa sentir a sua dor, eu posso imaginá-la. E eu sei como as coisas estão difícieis. Parece que esse ciclo não vai acabar nunca, né? Eu não irei dizer que vai passar, porque no meu caso, eu não acreditaria. Aquele seu sorriso, ele deve ser falso. Existia muito mais que uma só lágrima naquele choro. Com várias pessoas no mundo, você se sente sozinho. Estou certa?

quinta-feira, 5 de maio de 2011


Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito o último cacho virando a esquina. O último fio preso no pé da minha cama. Não é que aceito. Quem gosta assim não come migalhas porque é melhor do que nada, come porque as migalhas já constituem o nó que ficou na garganta. Seus pedaços estão colados na gosma entalada de tudo o que acabou em todas as instâncias menos nos meus suspiros. Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar.

Tati Bernardi