sábado, 11 de setembro de 2010



E eu fui lhe entregando o meu todo
que mesmo doído, preencheu
o espaço vazio que vivia calado e sôfrego
por entre os arrepios e a sensação expansiva
de me querer assim, como complemento.

E logo vi que o céu tinha o mesmo azul de ontem
a sua saudade ainda inundava a cama
e no coração, o sangue pulsava numa lentidão
que só os esquecidos sabem fazê - lo assim,
tão mais do outro.

Foi quando te tomei nos braços
e sentindo o meu completo faltar no abraço
entendi que de mim você só queria as miudezas
e eu me queria em você,
um pouco mais.


(Priscila Rôde)




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