terça-feira, 31 de agosto de 2010

eu estou enlouquecendo ...


Eu procurava alguém como ele em cada rosto diferente que passava por mim na rua. Uma procura inútil. E sempre quando eu o encontrava, realmente e raramente, parecia que uma parte minha era retirada calma e dolorosamente de mim. E o pior é que eu não conseguia lutar contra aquelas garras, eu não conseguia nunca negar a perda. E eu voltava pra casa sempre assim, com uma sensação de vazio. A frente de tudo isso meu coração ainda insistia em bater mais forte, só de ouvir aquele bendito nome. É... Isso me levava a crer que eu ainda gostava dele. “-Que droga cara.” Repetia várias vezes pra mim mesma durante horas. “-Que droga, eu e essa minha maldita mania de gostar dos errantes, dos errados”. Eu não tinha mais nada a perder, então insisti cada vez mais no erro. Pra poder me livrar disso tudo, de todo esse acumulado de coisas, em partes tortuosas, eu só tinha uma saída, fugir. O que nunca foi o meu forte. Eu não tinha certeza de mais nada, só sabia assim, aos trancos que, amor é mágica, mágica é ilusão. E usava isso pra me conformar (lê-se iludir ainda mais).

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