terça-feira, 2 de novembro de 2010


Era de manhã. Levantei um pouco a cabeça e esfreguei os olhos. Eu os abri. Mas o que eu vi? Nada. Nada além de uma imensa escuridão, assustadora e deprimente. Comecei a ficar em pânico, sem saber o que fazer.Minutos se passaram naquele pesadelo, e, involutariamente, me concentrei na escuridão á frente dos meus olhos.Preto, preto, preto. Era tudo o que via. Mas, espera. No fundo, bem no fundo, avistei uma luz. Estendi as mãos para tentar pegá-la, cada vez mais desesperada.Então, senti no rosto, uma queimação boa, como se os dedos dele estivessem tocando minhas bochechas. E, se não estivesse delirando, podia jurar que sentia os macios e delicados dedos dele.Minha respiração ficou mais pesada, senti um cheiro inconfundível no ar, um perfume delicado e familiar. Cada vez mais perto.Não demorou muito, para perceber que os lábios desse alguém haviam tocado os meus, me deixando atordoada, arrepiada e com uma sensação diferente de tudo que havia sentido.Então, o preto sumiu. A luz foi tomando conta da minha visão me deixando uma única certeza: Era ele.

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